O MVP (minimum viable product) é uma versão de teste mais enxuta, contendo a essência da ideia a ser testada, sendo apresentado em maior escala pela metodologia Lean, e existindo com a finalidade de testar uma hipótese para identificar o real valor de mercado nela, empregando o mínimo de recursos (tempo e dinheiro) para entregar uma versão mais simplificada da proposta final. É basicamente um conjunto de testes primários feitos para validar a viabilidade do negócio. Com uma ressalva importante, para se atentar ao bom funcionamento e adesão pelos usuários, consolidando a proposta de valor inicial, entendendo o time to market e iterando com seus primeiros clientes potenciais, para que a versão final seja ainda mais eficaz.
A ideia do MVP é revelar se aquele é mesmo um bom produto no mundo real e também se entrega valor para o seu mercado potencial, ou se foi mais uma “expectativa utópica” sem conexão com o mercado. O MVP também permite que existam ajustes e detecção de falhas em seu produto antes de este ser lançado no mercado, através de uma troca de informações com seus primeiros clientes e usuários. Este contato com o ambiente externo possibilita encontrar a melhor solução para testar modelos de monetização, lançando produtos e serviços que sejam realmente inovadores, com possibilidade de serem validados e iniciarem sua jornada pela consolidação do product market fit, sendo assim, valorizados pelo mercado almejado.
Outro conceito importante que deve ser observado ao criar o MVP, é o quão vital é deixar que o mercado valide a ideia, trazendo os feedbacks positivos e negativos fornecidos pelos clientes, possibilitando a melhoria continua da solução e consequentemente aumentando a adesão dos usuários. O MVP é uma boa escolha porque permite perceber uma eventual mudança de demanda do mercado, portanto pode representar uma boa vantagem competitiva, principalmente se a hipótese for validada. Podemos citar diversas grandes empresas que tiveram exemplos bem sucedidos de MVP, como o Facebook, Apple e Groupon.
O passo a passo para definir um MVP:
- Definir a proposta de valor e hipótese a ser validada
Nessa fase o produto será ideado, trazendo todo o potencial de valor a ser entregue para seus clientes, entendendo em seguida, qual seria a forma mais eficiente e menos custosa, de entregar um primeiro valor que resolva uma pequena parte do problema de seus clientes. Após esse exercício inicial, é importante formatar os pontos a serem entregues para priorizar apenas o essencial para validar a hipótese principal.
- Testar a resposta do mercado
A partir do desenvolvimento de um MVP que contemple a proposta de valor, será de extrema relevância para o sucesso do produto e também para seu crescimento, que o mercado valide a solução e hipótese inicial, para entender o time to market e receptividade dos usuários.
- Iterar com os primeiros usuários
Fazendo um lançamento mais controlado e absorvendo os feedbacks para evoluir o produto a cada iteração, com intuito de ser mais eficiente no mapeamento das dores de seus clientes, permitindo assim, a avaliação mais profunda de seus comportamentos com a finalidade de atendê-los cada vez melhor.
Segundo dados do IBGE, mais de 20% das novas empresas no país fecham as portas em menos de um ano de operação. O conceito de MVP foi criado para fornecer um ciclo eficiente de feedbacks e resultados, ao validar uma hipótese e proposta de valor, sendo amplamente utilizado devido ao crescente aumento das startups.
Portanto, apesar de não ser um conceito tão novo, utilizar dos benefícios de tal estratégia é interessante para aumentar as chances de sucesso e retorno de uma nova ideia de negócio, ou até mesmo que pode surgir em seu negócio, permitindo manter um constante ciclo de inovação interno que pode ajudar na evolução e sustentabilidade do seu negócio.